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Diagnóstico precoce e tratamento são fundamentais para a saúde dos rins

As principais doenças dos rins são câncer, insuficiência renal crônica, litíase renal e nefropatias. No mundo, os problemas renais atingem cerca de 850 milhões de pessoas. O alto consumo de sal, a baixa ingesta de água e o tabagismo, além de diabetes, obesidade, pressão alta e problemas cardíacos podem ser fatores de risco para doenças no rim. É preciso atenção à história familiar de casos de câncer renal e também às síndromes familiares como a Esclerose Tuberosa e a Síndrome de Von Hippel-Lindau. “Em muitos casos, a forma mais frequente de diagnóstico são os achados incidentais em exames de rotina como a ultrassonografia do abdômen”, cita Leonardo Welter Neto, urologista e uro-oncologista. 

Os rins desempenham funções vitais para o corpo humano, como a eliminação de toxinas e a filtragem do sangue, além disso, são responsáveis por manter o equilíbrio hídrico do corpo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos do organismo. Vale ressaltar que os rins participam da produção de alguns hormônios, como a eritropoetina, ligada à formação de glóbulos vermelhos; a vitamina D, que auxilia na absorção do cálcio dos ossos; e a renina, presente na regulação da pressão arterial.

Doenças dos rins

Segundo Dr. Leonardo Welter, as nefrites (inflamação nos rins), infecção urinária, cálculos renais, tumores ou cistos, obstrução urinária e insuficiência renal são os principais problemas que afetam o órgão. Fique atento a alguns sintomas que merecem atenção, como sangue e/ou espuma na urina, inchaços, pressão alta, anemia, cansaço, perda do apetite, vômitos ou náuseas, dor nos rins ou dores nas costas e diminuição da quantidade de urina. “Muitas doenças renais podem não apresentar sintomas em fases iniciais, por isso a pessoa só descobre ser portadora de doença renal em estágios avançados, quando não é possível reverter o quadro. Por isso, ressaltamos a importância do diagnóstico precoce, realizado com exames de laboratoriais”, destaca o urologista.

Diagnóstico

Para diagnosticar doenças renais são realizados exames de dosagem de creatinina no sangue e de urina, procedimentos simples e que podem ser adicionados à rotina de cuidados com a saúde. Se necessário, pode ser solicitada uma ultrassonografia dos rins e das vias urinárias.

Medir a dosagem de creatinina é fundamental para a avaliação de qualquer pessoa, principalmente em pacientes com fatores de risco, como histórico de doença renal na família, hipertensos, diabéticos e idosos. O exame é feito a partir da coleta de uma amostra de sangue, pequenas alterações de creatinina sugerem algum problema renal e podem demonstrar a necessidade de procurar a avaliação médica.

Prevenção

A prevenção começa com a adoção de hábitos saudáveis, ter uma dieta equilibrada, evitar excessos de sal e sobrecarga de proteínas; manutenção do peso ideal; monitoramento da pressão arterial e dos níveis de açúcar no sangue; prática de atividades físicas; atentar-se para o uso medicamentos que podem ser tóxicos aos rins, como anti-inflamatórios, sem prescrição médica e beber água em quantidades adequadas, cerca de 2 a 3 litros por dia.

Sabia mais sobre as principais doenças

Câncer renal: em geral, o câncer renal não apresenta sinais e sintomas. O diagnóstico é realizado por exames de imagem (ultrassonografia e/ou tomografia computadorizada, que possibilita a verificação do estadiamento da doença e extensão para outros órgãos). Em estágios avançados, sintomas como dor nas costas (lombar), hematúria (sangue na urina) e massa abdominal palpável podem aparecer.

O tratamento do câncer renal vai depender do tamanho do tumor e, principalmente, se há metástases. Quando localizado somente no rim, pode ser realizada a cirurgia de retirada parcial ou total (nefrectomia radical). Sempre que possível a cirurgia mais conversadora deve ser priorizada devido à grande importância dos rins para o funcionamento do corpo. Na doença avançada, a imunoterapia combinada com drogas-alvo que controlam o crescimento de vasos sanguíneos para os tumores é uma opção de tratamento.

Cálculos renais (litíase renal): é a famosa pedra nos rins. Cristais acabam se formando nos rins ou na uretra em função de a urina conter excesso de cálcio, oxalato ou ácido úrico. Muitos pacientes têm cálculos renais assintomáticos. Os sintomas aparecem quando as pedras se deslocam para o ureter, o que pode ocasionar dor intensa. Uma das formas de tratamento é a cirurgia endoscópica, que possibilita a fragmentação e a remoção dos cálculos renais, ureter e bexiga a partir do orifício da uretra, sem a necessidade de incisões ou cortes.

Doença ou insuficiência renal crônica: é caracterizada pela perda lenta e gradual das funções dos rins. Quando não identificada e tratada, pode levar à paralisação dos rins. A doença renal crônica está associada a duas doenças de alta incidência na população brasileira: diabetes e hipertensão arterial. Os sintomas mais comuns que a doença apresenta são aumento do volume e alteração na cor da urina, incômodo/dor ao urinar, inchaço ou edema nos olhos, tornozelos e pés, dor lombar, anemia, fraqueza, enjoos e vômitos, alteração na pressão arterial. O tratamento pode feito à base de medicamentos e com controle da dieta, se necessário, diálise ou transplante renal.

Infecção urinária: infecção bacteriana que afeta o trato urinário, incluindo os rins.

Glomerulonefrite: inflamação dos glomérulos renais, que pode ser causada por infecções, doenças autoimunes ou reações alérgicas.

Nefrite: inflamação dos glomérulos renais, que são as estruturas dos rins responsáveis por filtrar e eliminar as toxinas e outros componentes em excesso do organismo. A maioria dos casos de nefrite acontece devido a uma infecção grave, uso de medicamentos ou envenenamento e doenças autoimunes. A doença pode surgir também devido à complicação de outras doenças como hepatite ou HIV. Em geral, os sintomas da doença são diminuição da quantidade de urina, inchaço das pernas e sangue na urina

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